Ando trabalhando em uma nova habilidade: procurar coisinhas, tesouros esquecidos em cantos, fuçar por aí em buracos que a gente normalmente não olha.
Eu fazia isso pequena, quando passava por lugares que eu já conhecia muito bem, ficava procurando cantos desconhecidos e mistérios e pequenas aventuras. Meio Amélie Poulain, até.
Pois então, outra tarde fui explorar o fundo da gaveta da cômoda da sala e encontrei algumas coisas que eu andava procurando, umas úteis e outras velhas e estranhas e inúteis, mas que me lembraram de momentos, e me deixaram leve.
Como esse amassador de cutícula e limpador de sujeira embaixo da unha cor-de-rosa, que eu lembro muito bem de ter encontrado na frente da casa da minha amiga, quando tinha uns seis anos.
E o mini-lápis que eu dava para minhas bonecas escreverem na escola, e a Torre Eiffel perneta.
Também achei flores secas, cujas cores ficaram muito lindas assim, e que eu fiquei apreciando por um tempo.
Não sei por que, mas tenho achado divertido descobrir (hoje estava voltando da escola no trânsito e reparei nas coisas que ficam nos cantos da estrada. A maioria bitucas de cigarro, mas também uns sapatos e pedaços de vidro quebrados.)
Sei que isso é clichê, mas observar as coisinhas sutis e simples do dia-a-dia faz com que tudo fique mais divertido, emocionante e mágico.
Só falta agora fazer arte com esses tesouros, como o Leonílson fazia com os deles.
ResponderExcluirBisous
que lindo! Ela ja fez arte com o tesourinho, ta lindo, o texto e a foto, coisinhas organizadas, pura poesia!
ResponderExcluirQue lindo Plim! Parece um quadro...tudo organizado...Amei...
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